Opinião
O sono é uma necessidade fisiológica básica cuja preservação é essencial ao bem-estar físico, psicológico e social, autonomia e qualidade de vida da pessoa. As alterações sofridas ao longo da vida têm um impacto significativo, podendo resultar em perturbações do sono. Atualmente as pessoas experienciam um conjunto de mudanças inevitáveis e irreversíveis que aumentam o risco do desenvolvimento de problemas de saúde que comprometem o seu bem-estar. A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é um problema cada vez mais comum e que está na sua maioria associado a outras comorbilidades, como a obesidade, a hipertensão e problemas cardiovasculares. Incentivar à mudança de comportamentos, para a adoção de hábitos de vida e estilos de vida saudáveis, assim como monitorizar, acompanhar e incentivar a adesão ao tratamento da SAOS é o papel fundamental do enfermeiro na consulta de enfermagem do sono, para garantir a eficácia do mesmo.
Sabemos que as doenças crónicas são permanentes, causam incapacidade ou deficiências residuais, ocasionadas por alterações patológicas irreversíveis e, para que haja sucesso no tratamento, é indispensável a atuação dos profissionais da saúde. Jacobi (2013) refere que, em todo este processo, é fundamental o correto envolvimento entre a pessoa e os profissionais, mas também sabemos que o tratamento desencadeia uma sucessão de situações conflituosas.