Apesar de não ter havido acordo entre a tutela e a CNESE (constituída pelo SEP e pelo Sindicato dos Enfermeiros da Madeira), houve alguma evolução e ficou uma nova reunião agendada para o dia 9 de outubro, motivo que levou à suspensão da greve.
"Apresentámos à mesa a nossa contraproposta e o Governo agendou nova reunião para 9 de outubro. Neste quadro a CNESE, de forma responsável e porque quer encontrar as melhores soluções, suspende a greve e cá estaremos dia 9", disse à RTP o presidente do SEP, José Carlos Martins.
Horas antes também José Azevedo, do SE, tinha anunciado o adiamento da entrega do pré-aviso de greve que estava prevista para o dia 16 de outubro, por haver "progressos nas negociações": "Ficou de nos ser enviado na quarta-feira um novo memorando. Adiámos para já a entrega de um pré-aviso de greve, mas podemos fazê-lo na quarta-feira. Não se trata de um cancelamento da greve que temos prevista, de maneira nenhuma. É um adiamento da entrega do pré-aviso", referiu.
"Nós começámos por propor que os enfermeiros viessem a ganhar mais 800 euros em três anos: 50% [400 euros] em 2018, mais 25% e em 2019 os restantes 25%. São esses valores que eles discordam, dizem que não têm dinheiro. Bem, se estão assim tão na miséria, então vamos dar 150 euros a todos os enfermeiros este ano e falamos em 2018 do resto. E aos especialistas, vá lá, dupliquem a parada e deem 300", afirmou à saída de mais uma reunião com o Ministério da Saúde.
O dirigente sindical acredita que está "próximo do entendimento" com a tutela, até porque, segundo lhe disseram, há "boas perspetivas do Ministério das Finanças dar aval para que se atualizassem todos os enfermeiros, não apenas os especialistas".